não debruçado em janela
mas para fora de si mesmo
ao mesmo tempo
para dentro
debruçado para dentro
para encontrar a busca
que já faz tempo
orienta os olhos
e preenche
os silêncios.
este processo me puxa
sempre
ao verso
ao reverso
o verso do verso
o que há dentro
sabe?
o papo do dói
do dói muito
a língua se enrola
e redescobre o mundo
miúdo
morando dentro
do medo
descoberto.
são 30 manhãs e 30 noites
até lá
amadurecer.
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