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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

seja lá o que for o tema

Podemos dizer que 'Vermelho Amargo' tem parentesco com os gêneros confessionais da  literatura brasileira.
Os gêneros confessionais (memórias, diários, autobiografias) e seus autores chamados de 'memorialistas' são tão antigos no universo literário quanto o desejo humano de salvar da morte a sua existência. Essas formas narrativas geralmente são escritas em primeira pessoa. Não temos nada novo aqui!
Podemos dizer que o livro é uma produção humana entrecortada de ficção- a biografia como matéria ficcional.
Podemos dizer que 'Vermelho Amargo' são breves pensamentos sobre a morte de uma mãe.
É também altamente emocional. (A observação delirante de uma pessoa, conduz o leitor por caminhos, acreditem, inesquecíveis).
Pra mim, o ato de escrever este relato humano-ficcional, foi uma maneira encontrada pelo autor de enganar ou distrair a sua dor. O romance (experimental e sofisticado) inteiro é narrado por um filho (o nome não é revelado, não sabemos como ele se chama) relativiza o fim da vida, numa mistura de sonhos e realidade, tempos passados e presentes recortados.
Podemos dizer que 'Vermelho Amargo' é sobre a vida de uma mãe e seu filho.
é uma máquina de lembranças fragmentadas.é um depoimento seco e curto de um homem.
é sobre a morte.
é sobre a consciência de se estar só no mundo.
é sobre o caos familiar. o fantástico presente em qualquer canto de uma casa.
ou pode não ser nada disso.

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